quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Quando será a volta de Jesus?


A segunda epístola de Pedro profetiza que ‘nos últimos dias virão escarnecedores (…) dizendo: onde está a promessa da Sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação’ (II Pedro 3:4). Apesar disso, nós Adventistas do Sétimo Dia não nos cansamos de anunciar que sim, Jesus voltará e este mundo acabará.

Então, surge a pergunta: quando será o fim do mundo e a volta de Jesus?

Ainda que não tenhamos uma data precisa (veja Mateus 24:36), nem devamos procurá-la, somos tentados a ver em certos eventos, particularmente os de escala mundial e religiosa, um alerta da proximidade desse dia.

Creio que, sempre sem vinculações de data, fazemos bem em agir assim. Permite-nos estar atentos e focados naquilo que mais importa - vigiando, segundo a ordem bíblica -, ao mesmo tempo que devemos evitar alarmismos sensacionalistas e excessivos, que logo se provem infundados.

Um dos acontecimentos ou tendências mundiais que muito tem chamado a nossa atenção como Adventistas – mais pelo que daí surgirá do que pelo elemento em si – é a atual crise económica mundial. Avisados que o fim chegará ‘de repente’, ‘num abrir e fechar de olhos’, não ficamos indiferentes ao fato desta crise ter sido despoletada em tão curto espaço de tempo. Por isso, renovamos a questão: será agora que se dará o fim e Jesus voltará?

Veja que a crise económica afeta o mundo (quase) inteiro. Logo, se for este evento que precipitará o fim da história da Terra, deveríamos encontrar evidências bíblicas que Jesus voltará quando houver graves problemas financeiro-económicos e até sociais. Mas, o que encontramos é exatamente o contrário!

A propósito do dia da volta de Jesus, Paulo advertiu que chegaria como ‘o ladrão de noite’, querendo dizer, de surpresa (note bem: o que chegará de supresa, às escondidas como um ladrão é o dia, não Jesus!). E logo de seguida, especifica as condições do mundo, melhor dizendo, dos discursos oficiais do mundo, nesse momento: ‘pois que, quando disserem: há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição…’ (I Tessalonicenses 5:3).

Ou seja, o mundo terminará não quando houver um período de crise, mas sim de tranquilidade e prosperidade (ainda que aparentes) em termos sociais – dir-se-á que haverá paz, esse bem há séculos procurado pela humanidade e nunca antes encontrado!

Além deste dado, temos outras indicações precisas acerca de como estará o mundo no dia da volta de Jesus? Resposta: sim, temos. Leia esta profecia deixada por Jesus.

‘E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar’ (Lucas 17:26-30).

O próprio texto responde à pergunta de como eram os dias de Noé e Ló: os homens usavam de uma libertinagem, luxúria, intemperança e ganância altamente ofensivas aos olhos de Deus e Seu propósito inicial para a raça humana.

Quer mais algumas indicações de como eram os dias do constutor da arca? Leia estes excertos do livro ‘Patriarcas e Profetas’ de Ellen White.

‘A poligamia fora logo introduzida, contrária às disposições divinas dadas ao princípio’ (p. 91).

‘Nem a relação de casamentos nem os direitos de propriedade eram respeitados. Quem quer que cobiçasse as mulheres ou as posses de seu próximo, tomava-as pela força e os homens exultavam com as suas ações de violência’ (p. 92).

‘Deleitavam-se na destruição da vida de animais: e o uso da carne tornava-os mais cruéis e sanguinolentos, até que vieram a considerar a vida humana com espantosa indiferença’ (p. 92).

E em relação ao fugitivo de Sodoma? Leiamos a partir do mesmo livro atrás citado.

‘A profusão que reinava por toda a parte deu origem ao luxo e ao orgulho. (…) O amor ao prazer era favorecido pela riqueza e lazer, e o povo entregou-se à satisfação sensual. (…) Sua vida inútil, ociosa, tornou-os presas das tentações de Satanás e desfiguraram a imagem de Deus, tornando-se satânicos em vez de divinos’ (p. 156).

No relato que a Sagrada Escritura faz da visita de dois enviados do céu à casa de Ló, em Sodoma, lemos que os vizinhos dele, mostraram desejo de saber quem eram os convidados nos seguintes termos: ‘onde estão os varões que a ti vieram esta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos’ (Génesis 19:5).

A este propósito, diz o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia: ‘aí, a impiedade dos homens de Sodoma ficou claramente demonstrada. Havia-se espalhado rapidamente a notícia da chagada de forasteiros. Os homens da cidade rapidamente rodearam a casa de Ló, pretendendo violar o direito oriental da hospitalidade, a fim de satisfazer as suas concupiscências anti-naturais. Quanto ao significado de ‘os conheçamos’ (ver Génesis 4:1), o termos aqui refere-se à abominável e imoral prática que Paulo descreve em Romanos 1:27, conhecida como sodomia’.

Romanos 1:27 diz: ‘e, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro’.

A degradação humana tinha descido a um patamar tão baixo que eles escandalosamente tentaram violar sexualmente os enviados do céu!!!

Faça o rápido exercício de avaliar as atuais condições humanas para concluir que não estamos muito longe deste lastimoso e vergonhoso estado de coisas. E deixo-lhe uma pista: verifique como os Estados Unidos da América, país líder mundial na implementação de hábitos e costumes, lentamente, estado a estado, estão a ceder na aprovação de casamentos homossexuais...

Em relação às outras evidências bíblicas já apresentadas (comida, bebida, negócios e comércio, etc.), facilmente o leitor se aperceberá como o homem, cada vez mais, vive essencialmente para os prazeres terrenos, valorizando mais o que é material do que o que é humano.

Pense neste paralelismo total: quanto ao comer e beber - sendo que, na essência isso é bom; o exagero da glutonaria é que o torna errado - relembre-se de Belshazar, em Daniel 5: mesmo avisado por uma mão misteriosa, preferiu, ele e os seus mil convidados na faustosa ocasião, continuar a gozar do vinho na companhia de mulheres e concubinas… Resultado: devido à sua soberba, lascívia e intemperança e desobediência, a sua vida não passou daquela mesma noite…

Recuperando a ideia inicial, digo que ainda que a crise económica seja um fator mundial importantíssimo o qual não podemos passar por alto, pois provoca apreensão e até sofrimento, quer entre o vulgar cidadão ou o proeminente governante, a Bíblia é muito clara em afirmar que, ao contrário, no último dia da Terra, quando Jesus voltar, as pessoas pensarão que tudo estará bem seguro e uma vida excelente poderá ser gozada adiante.

No entanto, o estado ético e moral de acordo com o princípio divino é que nos dá uma indicação precisa de como estará o mundo nesse grande e glorioso dia, e, naturalmente, nos que lhe são imediatamente antecedidos!

Como qualquer um de nós pode facilmente constatar, caminhamos a passos bem largos para esse momento...

Finalizando, ainda que a data esteja escondida aos homens e anjos, há um acontecimento específico que determinará o fim do mundo e a volta de Jesus. Leia as seguintes palavras de Jesus que disso dão prova.

'E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim' (Mateus 24:14).

Por incrível que pareça, a data específica do mais importante dia que está para chegar, depende de mim e de você; muito mais, do que de crises financeiras ou estados morais da sociedade...